Olá.
Hoje comprei uma bíblia.
Eu, ateia.
Sou uma besta quadrada em relação a anedotas bíblicas.
E estou fazendo um curso de arte sacra.
Desde pequena as histórias do Antigo Testamento me fascinam (porque são terríveis), mas esse meu afinco tem surpreendido a mim mesma. Que estou lendo livros sobre Jesus e o cristianismo. E relendo minha antiguíssima "Bíblia para Crianças". E COMPREI UMA BÍBLIA HOJE.
Eu, que já fui coroinha e tive minha primeira experiência altamente vergonhosa perante a sociedade quando cantei uma música para Santa Rita de Cássia -- sozinha, NO ALTAR, com microfone -- e minha voz mal saia e tudo o que eu queria era que aquela tortura findasse por mim sendo engolida pelas rosas.
E que depois desse desastre, continuei frequentando o grupo pós-catequese por um tempo considerável (nem sei quanto, mas na minha cabeça, muito) até o padre sair da paróquia. Porque, como 80% da comunidade cristã que ali assistia a missa, fiquei decepcionada já que nutria uma paixãozinha herege pelo padre bonito.
Doze anos, período constrangedor da adolescência. E minha mãe vira evangélica.
~~ I N F E R N O T E R R E S T R E ~~
Então, em algum momento entre os 16 e os 21 anos, deixei de ter fé em alguma coisa. E às vezes isso pesa.
E quando o desespero bate e converso com o céu, culpo o Michelangelo e sua criação que estamparam uma antiga bíblia da minha mãe, e nunca mais saíram da minha cabeça.
Já ouviu falar de agnóstico sem convicção?
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