sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

eu, robô — isaac asimov

I, Robot - livro futurístico de 1950.

Isaac Asimov foi uma criança prodígio e, quando morreu em 1992, deixou livros publicados em quase todas as áreas do conhecimento, de acordo com o sistema de classificação Dewey (exceto filosofia).

Antes de Asimov, quase todos os robôs da ficção eram monstruosidades que acabavam se rebelando e destruindo os humanos (vide  o robô Maria de Metrópolis e o monstro de Frankenstein). Eu, Robô conta a evolução das máquinas até a humanidade passar a ser regida por robôs — mas para seu próprio bem.

O livro abre com a introdução do jornalista que está entrevistando Susan Calvin, a antiga robopsicóloga da U.S. Robôs e Homens Mecânicos, uma humana que se especializou nas mentes dos robôs, e que odeia humanos. A partir daí, temos nove contos sobre o relacionamento dos humanos com suas criações, e essas histórias vão se ligando pela evolução do cérebro positrônico (ou inteligência artificial). Todas as histórias gravitam em torno das "Três Leis da Robótica" (inventadas por Asimov), sem as quais um robô não poderia ser manufaturado:
  • Primeira Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, através da inação, permitir que um ser humano seja ferido.

  • Segunda Lei: um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto se tais ordens entrarem em conflito com a Primeira Lei.
  • Terceira Lei: um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.
O primeiro conto é sobre Robbie, um robô-babá que não fala, feito em 1992 (um futuro de mais de 40 anos à frente da época de lançamento do livro). Esse robô cuidava de uma garotinha que tinha verdadeira adoração por ele, mas sofria preconceito da mãe dela.


Do segundo ao sétimo conto, a trama se passa depois que os robôs foram banidos do solo terrestre e a U.S. Robôs acabou encontrando terreno para seus desenvolvimentos no espaço.

O oitavo conto é sobre um político tão perfeito que todos desconfiavam que fosse um robô - e seria uma humilhação para a humanidade ser governada por uma máquina.

O último conta sobre como o mundo passou a não ser mais considerado por países, mas por regiões que foram reorganizadas (o Chile, o Uruguai e a Argentina faziam então parte da Região Europeia, por exemplo), coordenado por "coordenadores regionais", mas dirigido por máquinas.

Por todo o livro, sempre tive a impressão de que alguma merda muito grande estava prestes a acontecer. Mas só lendo pra tirar suas próprias conclusões.

Da mesma forma que na ficção, o mundo real evoluiu com uma rapidez espantosa nos últimos anos e a maioria das pessoas depende de máquinas inteligentes e seus softwares para realizar seus trabalhos — ou até mesmo ter lazer. Da mesma forma que na ficção, há um grupo de reacionários com seus motivos financeiros, egoístas e ignorantes, com argumentos estúpidos, querendo que aquilo que foi conquistado seja enterrado e que voltemos aos tempos medievais.

"Então não se lembra de um mundo sem robôs. Houve uma época em que a humanidade enfrentava o universo sozinha e sem um amigo. Agora tem criaturas para ajudá-la, criaturas mais fortes que o homem, mais fieis, mais úteis e absolutamente devotadas aos seus senhores. A humanidade não está mais sozinha. Já pensou deste modo?"

P.S.: Eu já vi o filme, quando saiu no cinema, mas não lembro se os robôs ficam malditos. De qualquer forma, lembro que é com o Will Smith e eu não curto muito ele. =)























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