De 1955 e dirigido por Elia Kazan, Vidas Amargas (East of Eden) é uma releitura da história de Caim e Abel. Basicamente, Cal (James Dean) tenta obter atenção e amor do pai, Adam (Raymond Massey), que parece apenas reservá-los a seu outro filho, Aron (Richard Davalos).
Cal acredita que é ruim e que seu pai e irmão são bons. Descobre que sua mãe, Kate (Jo Van Fleet), não morreu como lhe contou o pai, mas os abandonou para viver em outra cidade e é dona de uma "casa de tolerância" (fato que Adam desconhece). Pra Cal, essa é a explicação de sua ruindade e inadequação sob os rígidos preceitos religiosos do pai.
A história se passa em 1917, quando os EUA estão prestes a entrar na Primeira Guerra. Adam perde um tanto de dinheiro com a ideia de transportar por trem alface conservado no gelo e Cal decide sozinho investir em feijões. Mas ele não tem o dinheiro necessário e vai até Kate, pedir 5 mil dólares. A procura também em busca de algum afeto. Consegue o dinheiro, mas sai de lá se sentindo cada vez mais rejeitado.
Aron tem uma namorada, Abra (Julie Harris), que sente medo de Cal, mas acaba sendo a única que consegue entendê-lo. Esse relacionamento entre Cal e Abra acaba levando seu Aron a ter ciúme (e com razão) do irmão e a brotar uma rivalidade antes bem guardada.
James Dean, com seu jeito, ao mesmo tempo sensível e grosseiro, não agradou Raymond Massey (seu pai no filme), o que acabou contribuindo para as cenas tensas entre os dois. Quando a câmera estava em Massey, Dean ficava balbuciando palavrões para provocá-lo ainda mais.
Obrigatório para quem gosta ou quer conhecer o mito, já que este é o primeiro dos apenas 3 filmes de James Dean, o único que ele pode presenciar o próprio sucesso (morreu antes que seus outros dois filmes, Juventude Transviada e Assim Caminha a Humanidade, estreiassem).
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