segunda-feira, 21 de novembro de 2011

crônica de um amor louco

Livro de contos sobre sexo, bebedeira, vagabundagem e corridas de cavalo. Suas histórias com corridas de cavalo são realmente chatas [se têm algum tipo de simbolismo, não peguei] e as de sexo, morbidamente interessantes. Não tem nada de erótico, é só visceral. E não é fácil de deglutir: seus personagens "traçam", com riqueza de detalhes, de tudo: mulher bonita, feia, velha, bêbada, gorda, adolescente; homem; robô; melancia, criança; defunto. Tem palavrão em cada linha.
Irônico e desavergonhado, Bukowski [lê-se búkauski] critica o American Way of Life, contando de pessoas que vivem à margem, muitas vezes, contando de si mesmo (o que é verdade e o que é ficção, não dá pra saber).
Não tem nenhum tipo de fé no futuro. Falta de compaixão pelo ser humano misturado com uma sensibilidade (vez ou outra) capaz de humanizar seres perdidos.

Recomendável?

Bom, só para quem tem a mente e o estômago preparados para QUALQUER coisa.
Foi meu primeiro Bukowski, eu consegui rir.

"Só os pobres estão por dentro do sentido da vida; os ricos e os prudentes têm que adivinhar."

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