terça-feira, 13 de setembro de 2011

memória semi-inexistente

Um Corpo que Cai - 1958 (Vertigo)
Assisto muitos filmes, leio um tanto de livros, vejo algumas séries... Tenho lá meus picos, épocas em que emendo um no outro, leio 3 coisas ao mesmo tempo, vejo um filme por dia, acompanho diversos seriados concomitantemente. Certo. E meu cérebro, pequeno e atrofiado demais, creio, absorve tipos 10% daquilo que deito os olhos sobre. Dentre tudo, o exemplo mais recente veio do filme "Um corpo que cai", do Hitchcock.

Uns quatro anos atrás, com a querida lista de "100 melhores filmes" da BRAVO!, estava eu caçando oitenta por cento do que tinha ali e eu só tinha ouvido falar. Nessa parte da história entra Tati, minha amiga querida que me passou tanto filme bom na vida, e me empresta Vertigo, que constava lá no quarto (ou sexto) (ou qualquer outro) lugar da lista.

Eu assisti o filme. JURO que assisti. Mas sábado passado, quando resolvi rever, percebi que não lembrava de nada. Sabia que a Kim Novak interpretava duas mulheres, que ela se jogava de algum lugar e lembrava bastante da frase da foto acima (apenas porque foi anotada num caderninho que registro frases memoráveis de filmes - e as contas do mês). Lembrava também de uma cena que se passa em frente a uma árvore, que a Kim Novak diz "Aqui nasci... e aqui morri" - bem dramático. (e dessa eu lembrava porque ela está no filme "Os 12 Macacos" - EXCELENTE, por sinal). Mas tirando isso, não lembrava realmente de nada. E isso me deixou preocupada, porque na minha cabeça eu tinha AMADO esse filme. Como a gente ama algo que não faz mais a mínima ideia do que se trata?

Bom, that's me. E sabe o que é o mais bacana? Ainda AMO <3

amo mais ainda os olhinhos caídos e tristes e desenganados do James Stewart 
 
E é exatamente por esse motivo que quando dá, grifo, rabisco, colo post it, anoto em cadernos e escrevo na mão aquilo que gosto quando vejo, na hora que vi. Porque minha memória é de ostra.

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