quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cinema de Seduções e A Rosa Púrpura do Cairo

Tô lendo um livro produzido na Mostra Internacional de Cinema que traz depoimentos de gente interessante sobre seus filmes preferidos. "Cinema de Seduções - Os Filmes da Minha Vida 2" é uma delícia de ler, anotar, pegar de referência pra ver uns filmes e rever com novos olhos outros.

Eu tava superafim de assistir Rainha Cristina, com a Greta Garbo, que é um dos filmes favoritos de alguém lá no meio. Mas tá, esse filme não tem no box que eu comprei dela... Aí eu escolhi ver A Rosa Púrpura do Cairo, do Woody Allen. No fim do ano passado, vi uns tecos desse filme, tava passando na TV, mas não queria me envolver, porque tinha perdido o começo. E odeio ver filmes sem saber do começo.

Enfim... vi o filme hoje de manhã. E adoro o fato dos filmes do Woody Allen serem curtos, em sua maioria. Não porque são chatos, mas porque eu gosto de saber que vai passar rápido, mesmo se a história for chata. Tá. Mas o filme é uma doçura de fofo. Apesar de toda a ironia que já se espera do diretor, aquela história [que se passa nos idos tempos da crise americana, lá pra 1929] da garçonete toda fodida (Mia Farrow), com um marido beberrão e vagal, que encontra pedaços de felicidade nos filmes que assiste todo dia [ou toda semana?] é muito graciosa. Em uma dessas sessões, no filme chamado "A Rosa Púrpura do Cairo", um dos personagens sai da tela do cinema e se apaixona por ela, enquanto isso, o resto dos personagens fica inconformado porque fica preso na cena que aquele que fugiu abandona. E a vida da ex-garçonete [pq ela é mandada embora] muda, ganha brilho, ganha amor, ganha emoção. [rs] Só que o ator que interpreta o personagem do filme aparece, querendo que o duplo dele volte pra projeção. A meiga cópia  não quer voltar, quer ser livre pra fazer o que der na telha, sem roteiro pra seguir. E aí que o ator engrupinha a pobre garçonete... E tudo acaba com a ex-garçonete enxugando suas lágrimas no cinema, assistindo a Fred Astaire e Ginger Rogers dançarem. Se não estou enganada, o filme é Top Hat (O Picolino).

Tem coisa mais fofa que um filme dentro do filme? A inocência da garçonete e do personagem, que vivem em mundos diferentes [tanto um do outro, como do resto das pessoas/ espectros que os cercam], que acreditam no amor, que dizem frases saídas de roteiro cinematográfico... Tem seus momentos engraçados de amargura, mas deixa um calor no coração.

HAHAHAHAHAHAHAHA

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...