terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

aquele mix de tudo

O passado sempre me deixou bem e triste. Sinto falta e amo (d)aquilo que não vivi. Vejo filmes de 1940, 50, 60 e tralalá e transbordo de sentimentos felizes e nostálgicos. A nostalgia me conforta. Os cenários/ locações velhas me fazem relembrar duma vida longínqua no interior - talvez porque lá o tempo muda as coisas vagarosamente. Nunca vivi no interior, no máximo passei as férias. Por isso, o contato não foi maculado. E nas poucas vezes que volto no espaço-não-tempo, fico com vontade de chorar que nem quando assisto "As invasões bárbaras". Uma vontade incontrolável e que pode se dar a qualquer momento. É, sou meio ridícula.

Ontem terminei de ler Todos os Fogos o Fogo, do Cortázar. Contos sobre a rotina e o absurdo. Todos são muito bons, alguns são excelentes. Me fizeram muito lembrar, junto com o Cinema Paradiso e com mais um monte de coisa que se passa em mim na TPM, das pessoas que passaram por acaso na minha vida e marcaram de uma maneira tão boa que eu fico triste em pensar que perdi o contato com elas. Tá cheio de gente por aí que não liga pra nenhuma das "preciosidades" que eu gosto tanto. Quando acho um iluminado que também nutre certa paixão, simplesmente entro no espiral e nem percebo quantas horas passaram. Consegui juntar o sentimento com Beck:


There's too many people you used to know
They see you coming, they see you go
They know your secrets, and you know theirs
This town is crazy, nobody cares
Dividindo o cubismo, só isso.

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